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13 de set. de 2013

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Opinião: Flor do Caribe, um novelão do nordeste que iluminou às 18h


Foi ao ar hoje o último capítulo de Flor do Caribe. E podemos concluir que a novela cumpriu bem seu papel em termos de qualidade e audiência. Falando em audiência, a média de ibope da novela foi de 21,5 pontos superando a antecessora “Lado a Lado” (18,2 pontos), ficando com quase a mesma média de “A Vida da Gente” (21,8 pontos), e com um ponto a menos do que “Araguaia” (22,5 pontos), a última novela do autor Walter Negrão.

No quesito qualidade, Flor do Caribe deu um show, tendo como destaque sua brilhante fotografia que exalava luz natural e iluminava o nordeste, as praias e as dunas que serviram como belas paisagens durante toda a novela.

Antes da estréia, Flor do Caribe foi bastante criticada. Uns achavam a sinopse semelhante à história de “O Conde de Monte Cristo”, já outros pensavam que a sinopse e a paisagem eram parecidas com outra trama de Negrão, a novela ”Tropicaliente”, exibida em 1994. 

Porém no decorrer da trama tais semelhanças ficaram em segundo plano, por exemplo, nas cenas de ação, com o sequestro do protagonista Cassiano (Henri Castelli) e a batalha que ele e seu novo amigo Duque (Jean Pierre Noher) tiveram que enfrentar para escapar da prisão na Guatemala com a ajuda dos amigos tenentes e tudo isso enquanto o vilão e ex-amigo de Cassiano, Alberto (Igor Rickli), conquistava o coração de sua amada Ester (Grazi Massafera) no Brasil.


Sem dúvida, a novela conseguiu conquistar o telespectador, com poucos personagens e núcleos, Walter Negrão criou uma trama que foi agradando aos poucos, até para quem não acompanhou desde o início, conseguindo cativar até o publico masculino com as cenas de ação, misturadas ao romance folhetinesco que agrada em grande parte as mulheres.

O núcleo do vilão Alberto com seu avô nazista também merece destaque. No começo da novela, o ator Igor Rickli que deu vida a Alberto, não conduziu bem seu personagem e foi duramente criticado por sua atuação pela crítica especializada.

Já na segunda fase da novela, com a passagem de tempo, o ator começou a pegar o ritmo e somente após a volta de Cassiano, é que seu personagem conseguiu mostrar que era o vilão da historia, mostrando toda a frieza, bipolaridade, obsessão e paranóia de seu personagem, sendo uma das grandes revelações dessa novela.


Outras revelações foram José Henrique Ligabue e Renata Roberta pelos irmãos Lino e Dada, e Moro Anghileri e sua a doce Cristal. Já Grazi Massafera, em seu terceiro papel como protagonista, também merece ser reconhecida por achar o feeling da personagem sem muita dificuldade, além de saber dosar as emoções com primor ao interpretar Ester.

Vale destacar também as atuações da atriz Laura Cardoso com a vó/mainha Veridiana, e o ator Sérgio Mamberti na pele do personagem nazista Dionísio e também a sofrida Guiomar, interpretada pela atriz Cláudia Netto.


Em seu capítulo final, a novela mostrou os clichês folhetinescos que já conhecemos como casais felizes, o vilão pagando por suas maldades e, claro, um casamento. Até aí, a trama ficou morna até o último bloco com o desenrolar dos personagens, no último bloco a ação que foi destaque na primeira fase da novela, tomou conta da cena do casamento do casal protagonista. 

O ponto final da história, onde Alberto deixa um recado aos recém-casados e em seguida comete suicídio se jogando ao mar fazendo o mesmo casal que estava de lua-de-mel ir salvá-lo, deixando no ar a reconciliação do trio de amigos, impactou, emocionou e surpreendeu quem esperava um ‘algo mais’. Walter Negrão mostrou que sabe se reinventar até para cenas clichês como finais de novela.

Resumindo, a novela pode ser considerada excelente, ficando atrás apenas de “Cordel Encantado” e na frente de “Lado a Lado” entre as últimas tramas exibidas às 18h,  o horário, diga-se de passagem, vem tornando-se cada vez melhor para telenovelas, com um tratamento especial em relação aos acabamentos, produção, direção, fotografia e até abordando temas muito interessantes, para um público diferente do prime time, já que novela também é cultura e já está no DNA dos brasileiros.


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